Conflitos de Marina

sábado, 12 de dezembro de 2009

Marina passou o dia se sentindo bombardeada. Sim! Todas as suas emoções resolveram aflorar de uma única vez. Era inevitável não perceber que algo precisava ser resolvido, no entanto ela não conseguia identificar o que seria.

Ao som de uma linda canção romântica, Marina resolveu relaxar. Estava muito confusa e sensível, as inúmeras perguntas que passaram a eclodir de seus pensamentos revelavam um lado de sua vida ainda não explorado.

Dizia mentalmente para si mesma: “O que pode está acontecendo comigo? Será que chegou à hora de enfrentar a mim mesma? Quem é a Marina? O que ela está esperando da vida?”

Eram perguntas que precisavam urgentemente de uma resposta, porém Marina se sentia insegura.

Mais uma vez ela pensou: “Acho que não tenho sido eu mesma... Tenho mostrado só o que as pessoas querem ver... Faço isso constantemente, nem ao menos sei quem eu sou... Será que isso é ser feliz? Será que só eu sou assim? Dês de quando tenho me comportado dessa maneira?

Quanto mais Marina perguntava mais as respostas tornavam-se complexas. Ela preferia fazer qualquer coisa, menos se submeter a esse interrogatório.

Eu tenho tudo que preciso... Uma boa posição social... Uma família unida... Um anel de formatura no dedo... Talvez eu seja feliz da minha maneira... Ou talvez não? Ah! O que eu estou tentando esconder? Eu não sou feliz... Não posso mentir pra mim mesma... Onde estão as minhas mascaras agora...

Por alguns minutos ela se sentiu sufocada. Preferiu parar. Teve medo. Medo de continuar e descobrir qualquer coisa que fosse maior do que ela pudesse suportar.

Marina fugiu. Fugiu de si mesma. Fugiu do seu pior inimigo. Mas não conseguiu ir muito longe...


É simples assim...

quarta-feira, 25 de novembro de 2009
O que pode ser melhor que acordar pela manhã e encontrar ao nosso lado as pessoas que mais amamos.

O ruim é que o ser humano insiste em priorizar o que é complicado e esquece que para ser feliz não é necessário muita coisa.

Afinal...

A verdadeira beleza da vida está nas coisas simples do dia a dia, basta percebermos.

Imagem: zedge.net

Solidão

sábado, 21 de novembro de 2009

Hoje pela manhã, quando acordei, você não estava mais ao meu lado...

Foi uma sensação terrível...

Sentia cada parte do meu eu ser coagido pelo desespero...

Não pude segurar as lágrimas. Seu perfume ainda estava presente no meu corpo... No meu quarto...

Por alguns minutos preferi acreditar que estava sonhando. Porém, as horas passavam e a realidade me impactava...

Triste Realidade...

Novamente estava eu entregue a solidão... Envolvido em ruínas. Ouvindo os gritos da minha alma...

Por que tem que ser assim? Por que a felicidade não pode ser minha amiga? Por que a dor me surpreende?

Ontem foi tão intenso... Você disse que me amava... Tudo ficou registrado nas paredes desse quarto. E no meu coração também.

Eu continuo aqui, cercado por essas paredes escuras, afundando em um mar de lágrimas... Desesperado.

Triste solidão...

Tudo o que eu queria agora, era que você entrasse por essa porta, agarrasse as minhas mãos e dissesse que me adora.

Não demora... O tempo está contra nós... Me deixa ser seu novamente.

Vem...

Me abraça... Me Beija... Me namora.

Insustentavelmente

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Não fala nada...

Só o que eu preciso é ouvir o silêncio, contemplar o invisível, sonhar mais um sonho, caminhar em espinhos, assustar os meus monstros.

Eu não me importo... Pode pensar o que quiser! Seus pensamentos não fazem de mim quem eu sou. Suas mentiras não me enganam mais.

Falando sério... Você me sufoca, me agonia, me apavora.

Me deixa quieto... A sua voz me irrita, sua presença me angustia. Suas verdades me destratam.

Eu cansei... Cansei de ser enganado, humilhado, maltratado, de ficar calado.

De nunca ouvir um obrigado... Um pedido de desculpas... Um aplauso.

Eu vivi por você, pra você, em você. Agora me valoriso me respeito. Eu me amo.

Não... Não mais... Leva com você... Essa aliança não significa nada pra mim.

Vai embora...

Estou no meu limite, tentando me encontrar novamente, não preciso mais de você...

Imagem: deviantart.com


Pequenas decisões

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

No começo era uma sensação nova, estranha, e eu não conseguia identifica -la muito bem. Um sentimento que me alcançava e de repente tomava conta do meu ser deixando-me completamente atônito. Despertava em mim uma vontade incontrolável, avassaladora, eu ansiava e desejava com todas as minhas forças me envolver mais. Muitas vezes me pegava sonhando, fantasiando, filosofando, cantarolando.

Sentia-me tão bem, minha percepção estava mais aguçada, conseguia ouvir o canto dos pássaros o cheiro das rosas, o brilho do sol, o azul do céu, o cair da noite, a brisa leve da madrugada. Aquietava-me debaixo de uma árvore e a paz me sufocava, tudo era tão intenso.

Mas nada disso se comparava ao que eu sentia quando estava com ela. Não me importava o fato dela não saber de nada, eu guardada tudo pra mim, e isso bastava. À medida que os dias iam passando eu mergulhava com mais intensidade nesse turbilhão de sentimentos que habitava a minha alma.

Tudo isso me fez enxergar o que realmente estava acontecendo comigo... O fato de eu nunca ter experimentado isso antes me assustou, mas tudo era tão belo e envolvente que deixei rolar sem pressa.

Eu estava apaixonado... Eu estava amando... Eu estava feliz.

Os passeios pelo parque ao lado dela se tornaram freqüentes, eu sentia o seu cheiro, sua delicadeza, a suavidade das suas mãos, o tom de sua voz, o calor do seu abraço.

O tempo demorava a passar e só o que me importava era está com ela. Minhas pernas tremiam, as mãos soavam, a voz travava. Vivemos intensamente uma amizade invejável. Nunca contei nada sobre os meus sentimentos, estava esperando a hora certa.

Esse foi o meu grande erro... Esperar...

Ela se foi, por uma eventualidade do destino, partiu em uma viagem sem volta. Foi para um lugar maior que este. Eu a perdi. Para sempre.

Imagem: deviantart.com