Algo mais?

Algo dentro de mim pulsa tão forte que me faltam palavras para descrever. Seria menos perturbador se eu conseguisse identificar, no entanto, até esse direito me foi retirado.

Tratar de sentimentos não é nada fácil, tem aqueles que parecem impossíveis de serem lidos e outros que talvez não queiram ser identificados.

O que me serve de bengala – insisto em sempre querer me apoiar em algo – é a minha sensibilidade; Por mais que a sua voz esteja distante, sei que preciso ficar na retaguarda, resolver algumas coisas, me esquivar de outras, exercitar melhor a arte de observar...

Prefiro acreditar que ainda não me foi permitido trazer esse turbilhão de sentimentos/emoções à consciência pelo fato de não possuir estrutura para suportá-los.

Enfim, talvez, quem sabe, em algum momento deste percurso eu consiga acalmar esse furacão, e por mais que não obtenha resposta alguma, espero, ao menos, aprender a entender esse silêncio que a minha alma insiste em gritar, defender, aguçar...

Ps.: Não é um texto 'bonitinho' mais foi o que saiu.

Entendeu!

Eu acho é graça de pessoas que vivem se escondendo das suas vontades, que passam o dia se preocupando em fazer tudo certo, que dão uma super importância ao que os outros falam, que não se respeitam.

Eu acho é graça de pessoas que pensam que sabem tudo, que se tornaram escravas do ódio, que fingem ser quem não são só pra agradar, que há tempos perderam a sua essência.

Eu acho é graça de pessoas que vivem uma mentira, que preferem enxergar só o que é evidente, que ficam todo o tempo reparando a vida alheia, que são indiferentes a tudo.

Eu acho é graça de pessoas que não amam, que não choram, quem não sorriem, que não vivem, que não se permitem, que pararam no tempo e deixaram de ser gente.

É preciso?

E aquilo que era nosso logo foi se esvaindo... Quando percebi já tinha ido.

Foi depressa, foi pra longe, não tem volta, é inconstante.

Cada gesto, cada olhar, cada palavra a sussurrar, tudo ficou marcado em mim e vai ser assim até o fim.

O que vivemos já foi rabiscado, editado e desenhado, nem uma super borracha daria conta.

E então... Será que o amor realmente acaba ou é a gente que acaba com o amor? Não seria paixão? Enfim...

O que começa por acaso, corre o risco de terminar por acaso. Tem como fugir?

Se eu disser que estou conformado, é mentira. Mas é melhor seguirmos separados do que acostumados.

É preciso ter coragem e tentar. Quem não se permite mudar nunca vai descobrir o que existe do lado de lá.

O final é sempre arriscado e tem os seus dois lados, seja triste ou feliz, é assim.