Conflitos de Marina

sábado, 12 de dezembro de 2009

Marina passou o dia se sentindo bombardeada. Sim! Todas as suas emoções resolveram aflorar de uma única vez. Era inevitável não perceber que algo precisava ser resolvido, no entanto ela não conseguia identificar o que seria.

Ao som de uma linda canção romântica, Marina resolveu relaxar. Estava muito confusa e sensível, as inúmeras perguntas que passaram a eclodir de seus pensamentos revelavam um lado de sua vida ainda não explorado.

Dizia mentalmente para si mesma: “O que pode está acontecendo comigo? Será que chegou à hora de enfrentar a mim mesma? Quem é a Marina? O que ela está esperando da vida?”

Eram perguntas que precisavam urgentemente de uma resposta, porém Marina se sentia insegura.

Mais uma vez ela pensou: “Acho que não tenho sido eu mesma... Tenho mostrado só o que as pessoas querem ver... Faço isso constantemente, nem ao menos sei quem eu sou... Será que isso é ser feliz? Será que só eu sou assim? Dês de quando tenho me comportado dessa maneira?

Quanto mais Marina perguntava mais as respostas tornavam-se complexas. Ela preferia fazer qualquer coisa, menos se submeter a esse interrogatório.

Eu tenho tudo que preciso... Uma boa posição social... Uma família unida... Um anel de formatura no dedo... Talvez eu seja feliz da minha maneira... Ou talvez não? Ah! O que eu estou tentando esconder? Eu não sou feliz... Não posso mentir pra mim mesma... Onde estão as minhas mascaras agora...

Por alguns minutos ela se sentiu sufocada. Preferiu parar. Teve medo. Medo de continuar e descobrir qualquer coisa que fosse maior do que ela pudesse suportar.

Marina fugiu. Fugiu de si mesma. Fugiu do seu pior inimigo. Mas não conseguiu ir muito longe...